sexta-feira, 10 de julho de 2015

Deusdedith Carmo Estudos de Direito: SOBERANIA NACIONAL E ESTADOS UNIDOS.

Deusdedith Carmo Estudos de Direito: SOBERANIA NACIONAL E ESTADOS UNIDOS.: Vejo com muita apreensão a nova arrancada dos Estados Unidos contra o mundo. Todos os analistas mundiais, mesmo os mais conservadores e p...

SOBERANIA NACIONAL E NORTEAMÉRICA





Vejo com muita apreensão a nova arrancada dos Estados Unidos contra o mundo. Todos os analistas mundiais, mesmo os mais conservadores e pró-americanos, são concordes em que os EUA estão perdendo seu poderio e sua liderança perde, a passos largos, mais e mais aliados, ainda que seja em parcela de um determinado país ou comunidade. Já não têm forças para derrubar governantes como fez em Honduras, no Paraguai, na Ucrânia, no Egito, na Tunísia e na Líbia. Haja vistas a guerra civil que provocou na Síria na tentativa de derrubar o presidente Bashar Al-Assad, com a agravante de que ao tentar derrubar Assad deu motivos e foi a causa da criação do Estado Islâmico. Não percebeu a Casa Branca que o oriente muçulmano é como a Hidra de Lerna, quanto mais lhe cortam a cabeça, mais cabeças aparecem.

Uma coisa percebeu o poder em Norteamérica, (Não confundir com o povo americano). É difícil, caro e não muito simpático derrubar governos com as armas.  Estão, então, criando novas armas para invadir países, dominá-los e fazê-los se dobrar à sua vontade.

Armas novas, e, talvez,  mais perversas, eficientes e, letais. E o mais importante, mais barata que as armas de fogo. Sim, porque tem uma aparência de legalidade, de moralidade e sobretudo de democracia.

É a ingerência nos negócios internos dos países sob o  argumento, falso, diga-se de passagem, de que tem direito a estender sua jurisdição sobre todo o qualquer país, desde que um negócio seja feito em dólar ou seu pagamento, feito através de bancos americanos. Inicialmente esta jurisdição está afeta tão só aos negócios ilícitos, mas logo mais, veremos, esta jurisdição alcançará todos os negócios.  

Ao darem os Estados Unidos interpretação tão ampla ao instituto da jurisdição breve teremos subtraído dos demais países a jurisdição e com ela a soberania nacional.

É o caso absurdo da investigação da FIFA. 

Usurpando poderes, a Norteamérica investiga e manda prender cidadãos de outros países, sob o argumento de que fizeram negócios escusos e que  tais negócios tiveram pagamento através da bancos norte-americanos.

E o mundo assiste boquiaberto, e até bate palmas, para esta nova investida imperialista. 

É preciso, entretanto que o mundo jurídico abra os olhos dos povos para esta aberração jurídica. E uma reação objetiva e séria seja feita de pronto, sob pena de ser tarde demais.

O Brasil não pode, nem deve permitir que a Norteamérica se imiscua em nossos negócios. Nossos negócios cuidamos nós. 

Digamos não à investigação da FIFA e da CBF por Norteamérica.