domingo, 9 de dezembro de 2012

AINDA O MENSALÃO



O STF deu uma demonstração clara e evidente de que o judiciário é um poder medieval, antidemocrático e totalmente dependente e representante da classe dominante. É suficiente saber como são escolhidos ministros e desembargadores para se ter uma ideia de quanta canalhice são capazes para chegar aonde chegaram. Daí resulta que alguém será traído no momento do voto de qualquer destes senhores no julgamento de um processo. O povo não entende, mas para quem tem 42 anos de vivência no mundo judiciário, sabe o quanto são sórdidos estes senhores que ignoram o juramento que fazem e seguem tão só os interesses do mais forte. Ninguém tem coragem de falar, porque todos nós temos  rabo preso, mas como bem dizia um grande jurista baiano, Calmon de Passos, chega um momento de sua vida, trazido pelos anos vividos, que nada mais se deve temer, porque tudo o que tinha de lhe suceder já tinha acontecido. O judiciário brasileiro, como disse outra baiana, Eliana Calmon, é composto em sua maioria de pilantras, e quem ousa sair de sua cartilha é alijado, jogado no lixo do esquecimento. A sociedade civil brasileira terá de repensar o nossos sistema judiciário, porque democracia não é só poder votar e ser votado, mas sobretudo, ter garantidos os direitos que se construiu, bem ou mal, ao longo dos anos, fazendo valer as leis brasileiras, que por incrível que pareça, no papel, são das mais perfeitas, mas que nada adiantam ante  um judiciário covarde, submisso e faccioso.

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